Poucos sabem, mas estou enfrentando uma das batalhas pessoais mais difíceis que já me deparei nessa vida.
Quem me conhece sabe o quanto lutei nos 4 anos de tratamento contra um tumor no pâncreas Vencido há quase 5 anos.
Porém, dessa vez, estou do lado de fora.
Tudo começou há 10 meses, quando meu querido irmão recebeu o diagnóstico de um câncer, o Linfoma de Hodgkin.
Resolvi intitular esse post como sendo céu x inferno, devido as constantes viagens que nossa cabeça faz tanto para o céu como para o inferno, diversas vezes, a cada minuto, a cada hora, conforme nos deparamos com qualquer interrogação.
Meu irmão realizou todo o processo das 12 sessões de quimioterapia com muito sucesso, com seus altos e baixos já previstos.
Porém esse processo mexe muito com a imunidade do corpo humano. (corrijam-me se me equivocar demais em algumas deduções ou interpretações. Comuns a quem é leigo no assunto. Embora eu tenha uma boa experiência como paciente rs)
Essa imunidade fez com que meu irmão resolvesse dar outro susto na gente.
Desde a semana passada, logo após meu aniversário, no dia 15 de abril, essa baixa imunidade permitiu uma infecção e ele precisou ser internado no dia 21/04/2016.
Na segunda-feira seguinte (25/04/2016) a infecção se agravou na regiào pulmonar e ele precisou ser sedado e intubado, encaminhado direto para a UTI.
Passados 3 dias, ele permanecia relativamente estavel, até que começou a fazer uma diálise para auxiliar na eliminação mais rapida de qualquer toxina do sangue e diminuir com esse quadro infeccioso aliado aos fortes antibioticos que esta tomando.
Hoje, sabado, dia 30, ele continua sedado e intubado, mas ja diminuiram consideravelmente as doses de noradrenalina (para melhorar a pressão) e a % de oxigênio na ventilação mecanica. O que já significa um bom avanço. Nessa fase, um mínimo avanço já é muito bom. Embora o sistema hepatico ainda esteja debilitado, ele já está ha 3 dias sem febre, outra coisa muito boa.
Aqui começo a contar sobre o ceu x inferno, ou seja, o bom e o ruim.
Todos os dias acordo no céu, pelo simples fato de que o telefone não tocou.
Logo cedo, chego ao hospital esperando o céu (entrar logo no horário de visitas) ao invés de esperar de fora o termino de algum procedimento que não consigo ter a verdadeira certeza do que se trata (inferno).
A caminho do leito, os pensamentos disputam seus espaços entre ceu e inferno. Como será ele está???
Dentro do leito, a certeza de onde minha cabecá estará ate a chegada do medico. Na maioria desses dias, prevaleceu o bem!
Na chegada do médico. A mesma notícia pode me levar ao ceu ou ao inferno dependendo de como o boletim é contado. Num mesmo dia, ouvi o mesmo boletim que me levou ao céu e logo depois, o mesmo boletim que me levou às trevas.
É assim que foi meu abril, "despedaçando", porém com FÉ!!!
Mas prefiro esperar, mais alguns dias, para terminar essa historia, que terá final feliz.